Desespera e desencanta, na espera do que nunca foi e jamais será, na incerteza do que poderia ter sido.
Põe trancas em todas as portas, fecha todas as janelas, atira a chave fora e ateia fogo a tudo, deixa arder até às fundações.
Congela os sentimentos, para serem mais fáceis de despedaçar, e até o respirar dela é semelhante a um vento frio, e os olhos brilham como pequenos cristais de gelo.
Rema contra a maré, não se deixa submergir pelos "e se..." e "talvez..." , antes afogar-se na absoluta certeza do impossível!
Corre contra o vento que lhe traz aquela brisa de dúvida, corre sem nunca olhar para trás, temente do que um olhar mais demorado lhe possa fazer.
Não lhe diz um adeus, nem se despede, deixa o silêncio, aquele silêncio que os condenou, a ecoar no vazio que ficou, no lugar onde ela estava e já não está, no lugar onde poderia ter sido, mas nunca será...
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