As luzes tremeluzentes, lá muito em baixo, parecem reflectir o meu estado de alma, os meus sentimentos a oscilarem perigosamente, ora puros e cheios de brilho, ora egoístas e negros como breu.
Reina o silêncio, apenas interrompido pelo cantar das cigarras e pelos sons distantes de uma cidade que parece não dormir, tal como eu, acordada pelos ruídos gritantes das minhas incertezas.
Estou o mais próximo que é possível estar do céu aqui, e ainda assim, nunca me senti tão definitivamente no inferno.
Vejo uma estrela cadente e peço-lhe um desejo, plenamente consciente de que a sua realização, seria também a concretização do meu pior pesadelo.
Vim á procura de paz, mas sinto-me cada vez mais inquieta, procurava encontrar-me e quando dou por mim, estou ainda mais perdida...
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