Quebram as correntes que os prendem no âmago do meu ser e trepam como hera pelas paredes da minha alma. Enclausurados em mim durante demasiado tempo, libertam-se finalmente e deixam-me inerte, na dúvida entre reconhecer-lhes a existência ou lutar uma vez mais, até ter a alma em ferida e confiná-los novamente ao mais recôndito dos esquecimentos. E quando percebo, ja me corroem a essência. Todos os sentimentos que silenciei, que refreei, que escondi, até de mim mesma, á solta... No olhar que o espelho me devolve vejo lampejos da perversidade que se instalou e há naquele sorriso estranho uma espécie de desafio trocista, como se me perguntassem: e agora, o que vais fazer connosco?
E eu não sei. Não sei como voltar a colocá-los naquele lugar de mim que nunca visito, como fechar a porta que nunca deveria ter aberto.
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